Considerado um dos grandes vilões da área da saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. O cigarro possui aproximadamente 4500 substâncias tóxicas em sua composição, das quais a nicotina é a mais conhecida dado seu alto poder de causar dependência. Os malefícios do cigarro são amplamente conhecidos, com alguns exemplos abaixo:

• Fumantes têm 2 vezes mais risco de apresentar uma doença cardíaca fatal;
• Apresentam risco 10 vezes maior de desenvolver câncer de pulmão, além de um aumento significativo na incidência de câncer de boca, laringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e cólo de útero;
• Têm incidência 3 vezes maior de acidente vascular cerebral (“derrame”) e úlceras pépticas;
• 4 vezes mais risco de fraturas de quadril, punho e vértebras;
• Durante a gestação e período neonatal, o tabagismo é responsável por atraso de desenvolvimento, baixo peso ao nascimento e aumento das infecções respiratórias nos recém-nascidos.
• E o dado mais importante: fumantes morrem, em geral, 5 a 8 anos antes dos não-fumantes!

Já os benefícios em se parar de fumar incluem: redução do risco de morte, de infarto e de acidente vascular cerebral (“derrame”), retardo na progressão da aterosclerose (formação de placas de ateroma (“gordura”) nas artérias do organismo) e melhora dos sintomas da doença pulmonar associada ao cigarro (“enfisema”), principalmente a falta de ar.

Sendo assim, é de extrema importância que o paciente converse com o seu médico sobre o hábito de fumar, incluindo o desejo de parar, tentativas e recaídas anteriores e estratégias previamente utilizadas, visando assim o aconselhamento e a adoção de medidas comportamentais e farmacológicas no combate ao tabagismo.